Ventosa

As ventosas são utilizadas para a aplicação de vácuo, com a finalidade de estimular o fluxo sanguíneo, melhorar a circulação sanguínea, aliviar a tensão e dor muscular, reduzir inflamações, promover uma sensação de relaxamento, resultando uma maior oxigenação dos tecidos. Permite a libertação de toxinas do sangue e do músculo.

Esta forma de terapia natural, chamada de ventosaterapia, é uma prática terapêutica antiga, com origem em várias culturas, utilizada desde tempos remotos em diversas civilizações, como a europeia, oriental, africana e indígena, medicina tradicional chinesa e medicina tradicional árabe, em que são colocadas ventosas na pele para criar um vácuo localizado.

Esta prática é baseada em crendices populares, sendo considerada uma pseudociência por requerer evidências científicas válidas sobre sua eficácia (Novella, 2016).

Os índios usavam chifres e faziam o vácuo sugando o ar, os orientais costumavam empregar o bambu, e a Europa desenvolveu a ventosa como conhecemos hoje, empregando o vidro e o plástico (Al-Jauziyah & Qayyim, 2003).

Descrição

A ventosa tradicional é frequentemente feita de vidro e tem diferentes formas e tamanhos. Muitas delas têm uma base arredondada ou oval e uma extremidade aberta. A extremidade aberta é aplicada na pele durante o tratamento.

Finalidade

A finalidade da ventosaterapia é: alívio da dor muscular e das articulações; aumento da circulação sanguínea local; eliminação de contraturas musculares; redução da inflamação; diminuição da retenção de líquidos e promoção do relaxamento.

A escolha do local de aplicação das ventosas depende das necessidades específicas da pessoa, sendo locais de aplicação mais frequentes o tórax posterior, ombros, pescoço, nuca, coxas, pernas, abdómen, braços, antebraços e pés.

O processo de ventosoterapia

Antes de aplicar as ventosas, pode massajar-se a pele para reduzir o atrito.

Os copos redondos de vidro são aquecidos internamente com uma chama, usando uma pinça com algodão na extremidade, humedecido com álcool, no qual se lança o fogo. Aquecendo o ar dentro da ventosa antes de colocá-la na pele, o calor provoca uma sucção quando arrefece o ar, criando uma pressão negativa, e, consequentemente, o vácuo no seu interior, devendo aplicar-se rapidamente a ventosa sobre a pele. A sucção resultante do vácuo puxa suavemente a pele.

As ventosas podem ser deixadas no local entre 5 e 15 minutos, e podem ser movidas suavemente ao longo da pele, sendo removidas no final da sessão.

A pele, após a ventosoterapia, pode apresentar marcas temporárias (geralmente equimoses circulares) que desaparecem em alguns dias.

Referências Bibliográficas

Al-Jauziyah, Qayyim (2003). Indeed, the best of remedies you have is hijama, and if there was something excellent to be used as a remedy then it is hijama. [S.l.]: Healing with the Medicine of the Prophet. ISBN 978-9960892917. https://sciencebasedmedicine.org/cupping-olympic-pseudoscience/

Novella, Steve (2016). Cupping – Olympic Pseudoscience. Science-Based Medicine. https://sciencebasedmedicine.org/cupping-olympic-pseudoscience/