Almofariz

O Almofariz, é um utensílio de madeira, barro, pedra ou metal (normalmente em bronze), cuja finalidade é triturar os medicamentos.

A origem do almofariz (do árabe, almiral) perde-se nos tempos, existindo em museus de todo o mundo exemplares que chegam até aos nossos dias (Silva, 1991). Há autores que situam a sua invenção na Idade da Pedra, quando os humanos descobriram que o processamento de alimentos e outros materiais por trituração e moagem em partículas menores permitia uma fácil ingestão.

O Almofariz, é um utensílio de madeira, barro, pedra ou metal (normalmente em bronze), cuja finalidade é triturar os medicamentos. É um recipiente de paredes grossas no qual se coloca o material a ser triturado, através de uma outra peça, chamada pilão ou pistilo, que é um bastão com ponta semiesférica, geralmente feito do mesmo material que o almofariz.

A partir do século XV, os almofarizes de bronze tornaram-se populares, especialmente porque tinham a vantagem de serem mais duros. No entanto, a grande desvantagem era que o bronze reagiria com ácidos e outros produtos químicos e corroíam facilmente. Desde o final do século XVII, os almofarizes de porcelana tornaram-se muito úteis, pois não eram danificados por produtos químicos e fáceis de limpar.

Almofariz

O almofariz teve grande utilização na área da saúde. O médico da família real, Jean de Renou (1568-1608), afirmou as drogas medicinais deviam ser trituradas por três motivos, misturar bem; adquirir novas propriedades; e corrigir as propriedades nocivas (Jordi González & Bosh Figueiroa, 2002).

Em Enfermagem, os motivos pelos quais se trituram medicamentos, nomeadamente os comprimidos, estão relacionados com a dificuldade de deglutição, por exemplo em crianças e pessoas idosas. Depois de triturados, os comprimidos podem ser misturados com água, porém, alguns medicamentos tinham um sabor amargo, o que dificultava a aceitação das crianças e idosos.

Atualmente o almofariz é pouco utilizado, devido ao aparecimento de novas fórmulas terapêuticas e à não aceitação do sabor amargo dos medicamentos diluídos.

Referências

Cerâmica Escola Caetano de Campos. (2021). Acervo Histórico da Escola Caetano de Campos. NUMAH – Núcleo de Memória e Acervo Histórico.

Jordi González, R., & Bosh Figueiroa, J. M. (2002). Los morteros de metal en la historia de la farmácia y la ciência moderna. Barcelona: Societat D`Amics de la Historia i de la Ciencia Farmaceutica Catalana y Rasfer Internacional, S.A.

Silva, M. M. (1991). O almofariz e a farmácia. Ordem dos Farmacêuticos.