Exposição Itinerante: “A Literacia faz bem à Saúde"
A exposição itinerante “A Literacia faz bem à Saúde”, organizada pela Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde, com curadoria do Museu Nacional de Arte Contemporânea encontra-se, atualmente, na Escola Superior de Enfermagem do Porto, a convite do Gabinete de História e Memória. Esta foi concebida para percorrer o país com o objetivo de incrementar os níveis de literacia em saúde, tendo já sido exposta na Direção Geral da Saúde, Hospital Distrital da Figueira da Foz, Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar, Centro Hospitalar Universitário de Coimbra e no Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira.
A exposição reflete as bases da literacia em saúde, proporcionando uma reflexão sobre o acesso à informação, ao longo de décadas. Pretende, deste modo, criar pontes entre temas, instituições, profissões e pessoas, através de discursos e experiências compreendidas no espaço da progressiva expansão temática da atividade dos museus e da arte contemporânea. Neste contexto, através da expressão, relacionam-se os conceitos de literacia, sentido e realidade.
Em Portugal, os enfermeiros têm desempenhado um papel importante na diminuição da iliteracia em saúde, no combate à diminuição da morbilidade e mortalidade materno-infantil, bem como da população em geral.
No que se refere à saúde materno-infantil, desde finais do século XIX e princípios do século XX, que foram criadas várias instituições, como dispensários, lactários, creches, postos de proteção à infância, institutos de puericultura, centros de assistência materno-infantil, entre outros.
Entre as décadas de 1920 e 1930, foram criados cursos de Enfermeiras Visitadoras ou Visitadoras Sanitárias para trabalharem nessas organizações e começou-se a desenvolver a Educação para a Saúde em todos os organismos onde era efetuada assistência à mãe e à criança. Posteriormente, esta função passou a ser das Enfermeiras de Saúde Pública, sobretudo a partir da criação do Instituto Maternal e dos Dispensários Materno-infantis em 1943, extinta com a integração nos Centros de Saúde.
Os temas abordados visavam a importância da vigilância da gravidez e da saúde da criança. A Educação para a Saúde era, assim, efetuada em sessões de ensino individual ou de grupo, acompanhada de material audiovisual, como folhetos ou cartazes.
Em relação à Educação para a Saúde do Adulto e do Idoso, esta começou a ser desenvolvida a partir da Criação dos Centros de Saúde na década de 70. Os temas abordados englobam principalmente as áreas da Saúde no Trabalho, prevenção da Obesidade, Hipertensão Arterial, Diabetes, Tabagismo, Alcoolismo e consumo de outras substâncias, Doenças Infectocontagiosas e Sexualmente Transmissíveis. No idoso, além destes temas, incluem-se a prevenção de quedas, prevenção da imobilidade, gestão medicamentosa, entre outros.
Ao nível hospitalar, dependendo da patologia da qual a pessoa sofre, independentemente da idade, aquando da alta, é sempre feita a sua preparação acompanhada dos ensinos adequados a cada caso.
A exposição itinerante pode ser encontrada no átrio do piso 2 da ESEP-Sede.